A vida é uma comparação à escada de Jacó, em que cada nível de experiência é um passo para a libertação da alma. A vida codificada no bem é anseio de todas as almas nobres. A vida reta pede que estabeleçamos princípios dignificados, onde só o amor seja a fonte de todos os impulsos e onde a coordenadora seja a caridade.
Bem aventurados os maçons que entendem e façam sentir esse dever de aprimoramento moral em toda sua vida e, neste ensejo, a esperança se manifesta dentro das irradiações da fraternidade pura, que não exige e que não especula.
A vida é consubstanciada por valores espirituais que a alma começa a descobrir, como seja a fé investida de esperança. A fé verdadeira que encara a verdade cauciona a esperança, garantindo-a sobremaneira grandiosa, de modo que a vida se torna mais fácil e mais útil. Os valores espirituais dormem dentro de nós e despertam em sequências inumeráveis; e cada vez que isso acontecer, uma porção de luz, mais vida, se aglomerará no coração do homem virtuoso. Sente-se, com isso, como são infinitos os horizontes da vida, roteiros que nos levam à felicidade.
Atualmente discorre-se bastante sobre o progresso social adquirido; contudo, o que se entende por progresso? Pode algumas vezes soar como um vocábulo vazio que reverbera ante as barbaridades humanas que acontecem a todo momento. Entretanto, na década de 1960 o homem pisou na Lua, dando início a eventos posteriores que evidenciaram o progresso da Ciência, no campo das descobertas espaciais. Porém, há que se observar o atraso moral do homem na Terra, apesar de todo o progresso intelectual. Sabemos que o progresso material caminha na frente, ao passo que o crescimento moral vai sempre marchando em segundo plano.
Em delicada graduação evolutiva o homem vai gradativamente vivenciando suas experiências nos diversos graus de desenvolvimento. Ante as diretrizes da Lei de Evolução, o homem passa palmo a palmo da barbárie à civilização moral.
O senso moral, mesmo quando não está desenvolvido, não está ausente, porque existe, em princípio, em todos os homens; é esse senso moral que os transforma mais tarde em seres bons e humanos. Ele existe no selvagem como o princípio do aroma no botão de rosa de uma flor que ainda não se abriu”.
A Humanidade progride. Esses homens dominados pelo instinto do mal, que se encontram deslocados entre os homens de bem, desaparecerão pouco a pouco como o mau grão é separado do bom quando joeirado. Mas renascerão com outro invólucro. Então, com mais experiência, compreenderão melhor o bem e o mal. O exemplo temos nas plantas e nos animais que o homem aprendeu como aperfeiçoar, desenvolvendo-lhes qualidades novas. Só após muitas gerações que o aperfeiçoamento se torna mais completo. Esta é a imagem das diversas existências do homem.
Sendo o progresso uma condição da natureza humana, ninguém tem o poder de se opor a ele. É uma força viva que as más leis podem retardar, mas não asfixiar. Quando essas leis se tornam de todo incompatíveis com o progresso, ele as derruba, com todos os que as querem manter, e assim será até que o homem harmonize as suas leis coma justiça divina, que deseja o bem para todos, e não as leis feitas para o forte em prejuízo do fraco.
O homem não pode permanecer perpetuamente na ignorância, porque deve chegar ao fim determinado pela Providência; ele se esclarece pela própria força das circunstâncias. As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram pouco a pouco nas ideias, germinam ao longo dos séculos e depois explodem subitamente, fazendo ruir o edifício carcomido do passado, que não se encontra mais de acordo com as necessidades novas e as novas aspirações.
O homem geralmente não percebe, nessas comoções, mais do que a desordem e a confusão momentâneas, que o atingem nos seus interesses materiais, mas aquele que eleva o seu pensamento acima dos interesses pessoais admira os desígnios da Providência que do mal fazem surgir o bem.
É dessa forma que evoluímos, lentamente, até chegarmos em uma sociedade venturosa, onde tão somente impera o bem e tudo é movido por anseios sublimes e todos os sentimentos são depurados.
Bibliografia:
O Evangelho segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Herculano Pires. (tradutor). Editora: LAKE.
O Livro dos Espíritos. Allan Kardec. Herculano Pires (tradutor). Editora: LAKE.
HORIZONTES DA VIDA. Miramez/João Nunes Maia. Ed: Fonte viva.
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