terça-feira, 22 de julho de 2014

Ser o Soberano Grande Inspetor-Geral, sem esquecer de elevar-se espiritualmente.

A humanidade progride “por meio dos indivíduos que pouco a pouco se melhoram e se instruem. Quando preponderam pelo número, os esclarecidos, os moralizados tomam a dianteira e arrastam os outros”. (Nota de Kardec à questão 789 de O Livro dos Espíritos).

Muitos irmãos, apesar de estarem preocupados em crescer em seus graus maçônicos, almejando o Grau 33, esquecem de se elevar espiritualmente. Crescimento espiritual que é muito mais meritório para seu próprio futuro. Alguns maçons preferem ostentar insígnias e comendas para tentar “promover sua imagem” por meios puramente materiais, sem demonstrar com suas ações, o mais valioso dos tesouros que um homem pode adquirir, sem correr o risco de que a ferrugem, as traças ou ladrões o usurpem, que é a elevação moral. Vejamos uma mensagem espírita sobre o assunto: 
                                                                      MORAL
Conceito - Conjunto de regras que constituem os bons costumes, a Moral consubstancia os princípios salutares de comportamento de que resultam o respeito ao próximo e a si mesmo.
Decorrência natural da evolução, estabelece as diretrizes seguras em que se fundam os alicerces da Civilização, produzindo matrizes de caráter que vitalizam as relações humanas, sem as quais o homem, por mais avançado nos esquemas técnicos, poucos passos teria conseguido desde os estados primários do sentimento.

Da constante necessidade de defender-se e defender as primeiras comunidades, ainda na fase agrária, surgiram as medidas ora restritivas, ora estimulantes entre os chefes e os subalternos e nas relações recíprocas dos indivíduos, do que resultavam produtivos empreendimentos e proveitosos aprestos no concerto de interesses. Da observação pura e simples, aglutinaram-se experiências que se transformaram, a pouco e pouco, em regras para as trocas comerciais e os acertos políticos entre os diversos grupos, evoluindo para os costumes que se fixaram nas gerações sucessivas, em forma de leis e estatutos. Impostas por uns, espontaneamente aceitas por outros, desprezadas por muitos, as diretrizes morais evoluíram e se transformaram em Civilização e Cultura, conduzindo às diversas formas de governo superior e à manutenção da ordem pelo indivíduo, em relação a outro, à comunidade, ao Estado e reciprocamente.

Dividida em teoria e prática, a primeira busca determinar o bem supremo, enquanto a outra se encarrega de expor os múltiplos deveres, que constituem os princípios práticos, basilares da vida. Observando suas regras o homem pratica o bem e evita o mal.

Desenvolvimento - À medida que a necessidade do crescimento comunitário fomentava o povoamento de novas terras, encorajando a organização social em bases de progresso, a Moral, a princípio arbitrária, depois racional e lógica, sempre esteve presente, sustentando a disciplina e, simultaneamente, tanto o equilíbrio individual como o coletivo, constituindo preocupação fundamental de pensadores e governos, para a preservação dos princípios conquistados a duras penas, nas experiências da evolução.

Somente a partir de Sócrates passou a Moral a ser considerada pela Filosofia. Indubitavelmente muitas vezes a Moral esteve sujeita a hábeis guerreiros, que a submetiam aos próprios caprichos, da mesma forma que o pensamento padeceu não poucas aflições sob o predomínio de conciliábulos nefandos de odientos políticos que, ardilosos no manejo das situações, sabiam como manter-se, engendrando normas de tirania com que asfixiavam ou tentavam dominar os idealistas e filósofos, a fim de se manterem venais, na cúpula sempre transitória da governança.

A resposta, porém, da vida à dominação e à arbitrariedade é a pequena duração da organização humana fisiológica e o repúdio, quando não o desprezo da posteridade.
Muitos sofistas, aferrados à negligência, ainda hoje tentam desconsiderar as linhas da moralidade, confundindo-as com os preconceitos e as conveniências dos hábitos sociais, nem sempre, é verdade, relevantes ou enobrecidos, assoalhando que, em variando entre os muitos povos, a Moral é uma questão de opinião sem valor...

Todavia, em qualquer período em que o lar esteve sob o estigma da dissolução dos costumes, a sociedade se corrompeu e a Civilização malogrou, consumida pelo desprestígio generalizado, dentro e fora das suas fronteiras, do que redundou o desaparecimento, malgrado o fastígio atingido, reduzindo-se a escombros, abatida pela guerra da dominação estrangeira, vencida que já estava pelo vírus da desordem interna...
Observando-se as conquistas do homem através do conhecimento, fácil é constatar-se que as regras morais são, também, medidas de higiene e saúde, com comprometimentos profundos nas atitudes e ações do próprio Espírito.

Sendo o homem um animal em evolução, a disciplina do instinto e o desdobramento dos recursos da inteligência, bem como a necessidade da preservação da vida, impõem, a princípio, a disciplina, depois, a lei e, por fim, a Moral, que se converte em nobilitante comportamento com que se liberta das constrições primitivas e se põe em sintonia com as vibrações sutis da Espiritualidade, para onde ruma na condição de Espírito imortal que é.
A história da Filosofia é uma constante busca de uma concepção otimista do mundo, e nesse capítulo a Moral é relevante.

De Hermes, com as suas asseverações espirituais, a Lao-tse, de Confúcio, com os princípios da família e da sociedade fundamentando a Moral numa filosofia da Natureza, otimista, a Zoroastro e Maomé, na concepção dualista da vida, de Sócrates, Platão e Aristóteles com os conceitos políticos, morais e espirituais, às leis apresentadas por Moisés, em Jesus a Moral assume relevante proposição, que modifica a estrutura do pensamento humano e social, abrindo o campo a experiências vigorosas, em que medram as legítimas aspirações humanas, que transitam do poder da força para a força do amor... Jesus se preocupava com a perfeição íntima, ética, intransferível, dos homens, conclamando-os a realizarem o "reino de Deus" interiormente, numa elaboração otimista.

Conclusão - Certamente a moral cristã ainda não colimou os seus objetivos elevados, conquanto os vinte séculos passados. Todavia, diante dos esforços do Direito e da acentuada luta pacífica das organizações mundiais, a Moral, em diversas apreciações tornadas legais, sancionadas por governos e povos, atingirá, não obstante as dificuldades e transições do atual momento histórico, o seu fanal nos dias do porvir, propondo ao homem moderno, na moderação e na equidade, nos costumes corretos, aceitos pelo comportamento das gerações passadas, a vivência do máximo postulado do Cristo, sempre sábio e atual: "Fazer ao próximo o que desejar que este lhe faça", respeitando e respeitando-se, para desfrutar a consciência apaziguada e viver longos dias de harmonia na Terra, com felicidade espiritual depois da destruição dos tecidos físicos pelo fenômeno da morte.

Bibliografia:

* Texto extraído do livro Estudos Espíritas, de Divaldo Pereira Franco pelo espírito de Joanna de Ângelis.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Esperanto e sua utilidade nas Lojas maçônicas em todo o mundo.

O Esperanto é uma língua internacional e neutra. É um eficiente instrumento para a preservação de todas as línguas e culturas do globo.

Uma segunda língua para todos. A ideia-base do Esperanto foi lançada pelo médico polonês aos 28 anos, Dr. Lázaro Zamenhof (FOTO), em 1887, há mais de 125 anos. Desde então, o projeto de língua planejada transformou-se em uma língua viva, com cultura própria, mas internacional, e até mesmo com falantes nativos. Apesar de Zamenhof, constar em algumas listas de maçons famosos, não há documentos, até agora, que provem ele ter pertencido à Sublime Ordem.
O Esperanto não pertence a nenhuma nação e pertence a todos. A proposta do Esperanto é que cada povo continue a falar sua língua materna e use o Esperanto nas comunicações internacionais.

Assim como no meio espírita, o Esperanto deveria ser mais divulgado nas ordens maçônicas. Seria de muito bom termo para os maçons, o estudo desta língua para futuros encontros com outros irmãos ao redor do globo. O problema do idioma, já não seria mais um entrave à participação de qualquer obreiro em qualquer Loja estrangeira.

Um trecho de uma declaração formulada pela Loja Maçônica União e Silêncio( DF), versando sobre o reconhecimento do esperanto como verdadeira língua internacional: 

DECLARAÇÃO DE RECONHECIMENTO DO ESPERANTO COMO A VERDADEIRA LÍNGUA INTERNACIONAL.
  
"Como se sabe, o homem se dirige para o universalismo e a língua é um fator importante. A diversidade dos idiomas, porém, é um dos maiores obstáculos contra a formação da tão esperada nação humana universal. 
O Esperanto se presta a esse importante papel e vem demonstrando seu valor há 112 anos. Com efeito, possibilita a ligação dos homens além das barreiras linguísticas e culturais. 
Estamos no limiar de uma fase de progresso para a humanidade, desenhando-se, pois, grandioso campo de serviços, que exigirá a atuação firme e corajosa da Maçonaria. 
Impõe-se, portanto, a união entre a Maçonaria e o movimento esperantista, os quais deverão trabalhar, juntos, pelos ideais de luz, paz, concórdia e fraternidade. 
Não há dúvida de que o Esperanto é a solução para o problema da comunicação entre os povos da terra, por ser um idioma neutro, moderno, sonoro, regular, fonético, simples e de mais fácil aprendizagem. O Esperanto, em suma, reflete a esperança de um mundo mais justo e pacificado, plenamente de acordo com os fins supremos da Maçonaria: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE. 
A Loja Maçônica União e Silêncio, representada por seu Venerável Mestre, declara que considera o Esperanto a verdadeira língua internacional, única no mundo capaz de promover o advento da família universal. 
Para tanto, não medirá esforços com vistas a sensibilizar os irmãos maçons do Distrito Federal, no sentido de adotarem o Esperanto como sua segunda língua." 
                 
Eis alguns fatos sobre o Esperanto: 
# Aprender Esperanto é 10 vezes MAIS FÁCIL e RÁPIDO do que aprender Inglês, ou qualquer outra língua natural.
# O Esperanto é uma língua viva, cerca de 2 milhões de pessoas falam Esperanto, em 115 paísesNo mundo, existem mais de 6 mil línguas, e o Esperanto está entre as 300 línguas mais faladas.
O Esperanto é reconhecido pela ONU e UNESCO. Desde a apresentação de sua base, em 1887, o Esperanto ganhou falantes das mais diversas partes do mundo, que em muito contribuíram para sua fundamentação e evolução como língua. 
# São inúmeras as diversas manifestações da cultura em Esperanto, desde a literatura ao cinema. Milhares de páginas na internet e redes sociais, transmissões diárias de rádio e encontros e congressos, sejam regionais ou mundiais, garantem um intenso intercâmbio de idéias e sentimentos entre pessoas. Tudo isso comprova que o Esperanto tornou-se e é uma língua viva.

# Hoje, principalmente na Europa e na China, o Esperanto é matéria de estudo em diversas escolas e universidades. Na Polônia, uma das maiores universidades do país, a Universidade Adam Mickiewicz, em Poznan, oferece um curso de pós-graduação de três anos na área da linguística dado completamente em Esperanto. Na Hungria, o Centro de Ensino Avançado de Idiomas, da Universidade Eötvös Loránd, em Budapeste, responde pela certificação de proficiência em Esperanto para toda a União Européia. Em San Marino, a Academia Internacional das Ciências San Marino, uma das universidades daquele país, tem o Esperanto como única língua oficial.

 #Além disso, a ONU, por meio da UNESCO, reconhece oficialmente o Esperanto como língua e recomenda seu ensino aos países membros.

Uma curiosidade sobre a perseguição que sofriam os maçons e esperantistas, pelos nazistas:

O ator e cineasta inglês Charlie Chaplin utilizou o esperanto em um de seus mais famosos filmes. Inscrições na língua internacional neutra aparecem no longa-metragem O Grande Ditador (The Great Dictator), de 1940. Este foi o primeiro filme falado de Charlie Chaplin. Nessa película, ele interpreta dois papéis opostos: o de um divertido barbeiro judeu e o do Grande Ditador Hynkel, numa sátira a Hitler.

Nas cenas do filme (foto acima), que se passam no bairro judeu, os letreiros das casas comerciais foram escritos no idioma criado por Lázaro Zamenhof. Numa delas, pode-se ler Vestaĵoj Malnovaj, que significa roupas velhas.

Não se sabe se Chaplin realmente falava esperanto. Alguns estudiosos afirmam que o cineasta utilizou o idioma porque procurava uma língua neutra e que parecesse estrangeira, para representar a diversidade cultural do gueto judeu.
Outra corrente supõe que Chaplin utilizou o esperanto porque o idioma foi violentamente banido da Alemanha por Hitler. Nesse período, esperantistas eram perseguidos, presos e encaminhados para os campos de concentração, onde eram assassinados, como ocorreu com a família de Lázaro Luiz Zamenhof. Hitler considerava o esperanto um código secreto para judeus e maçons dominarem o mundo.

http://freemasonry.bcy.ca/biography/zamenhof_l/zamenhof_l.html


quinta-feira, 27 de março de 2014

A fraternidade maçônica.

Fraternidade não é ajuntamento. Vemos, muitas vezes uma família reunida sob o mesmo teto, não obstante não seja unida. Esta ajuntada, mas não irmanada.


Muitos irmãos ainda possuem um distorcido entendimento sobre a fraternidade. Me refiro à prática desta virtude, porque é muito fácil definir "Fraternidade', basta consultar o dicionário onde lê-se :

 "Relação de parentesco presente entre irmãos; convivência afetuosa entre irmãos; irmandade. Convivência equilibrada e agradável entre várias pessoas. Amor demonstrado pelo próximo; afeto revelado àqueles os quais não se conhece. Associação ou organização com um objetivo determinado, geralmente religioso, social, cultural e/ou político; fraternização. 
(Etm. do latim: fraternitas.atis). "

Infelizmente, considerável número de pessoas, que mais deveriam demonstrar para a sociedade, de como deve ser o exemplo de fraterno, acabam na semelhança dos ignorantes da Lei do Grande Arquiteto do Universo. Irmãos que ainda se recusam a pertencer à Luz do Evangelho em preferência de vícios dos mais materialistas ainda reinantes deste mundo de provas e expiações. Assim declarou sobre o assunto, o estimado autor espírita Demetre Nami :

* Só a compreensão e a prática da fraternidade cristã é que poderão tornar o homem feliz a apressá-lo na escala evolutiva da Espiritualidade.
A fraternidade cristã não se restringe a uma pessoa, a uma família, ou a um povo. É universal porque abrange tudo e todos. Do minério ao homem, desde ao infinito, tudo se entrosa, se encadeia. É lei à qual todos estão sujeitos e ninguém pode se furtar, em que pese seu orgulho.
Fraternidade não é ajuntamento. Vemos, muitas vezes uma família reunida sob o mesmo teto, não obstante não seja unida. Esta ajuntada, mas não irmanada. A fraternidade, para ser legítima, tem que se assentar nos magnos princípios evangélicos salvadores do homem: Amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.
Lemos na história religiosa que os arautos da fé e do bem arrostaram toda uma existência de sofrimentos e privações pela elevação moral do homem.
Exemplo grande esse de fraternidade cristã. Mostraram, assim procedendo, a possibilidade e a necessidade de tal prática, a única que poderá construir um mundo melhor e assegurar um futuro espiritual promissor.


* Extraído do livro : Para um mundo novo, homens novos. Autor: Demetre  Abraão Nami.