893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?
“Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtudes sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade.”
Quando o Espírito
passa a conhecer o mundo das virtudes, ele começa a acordar para a vida
espiritual, e as virtudes devem ocupar o lugar dos vícios e hábitos
inconvenientes para a paz espiritual.
Mesmo no estágio
em que se encontra a humanidade, de maior interesse para as paixões inferiores,
é de sentimento comum das criaturas defender e gostar da pessoa virtuosa, e com
o espaço de tempo estudar, pregar e, por fim, passar à prática dessas
qualidades nobres ensinadas por Jesus e descritas no evangelho da sua vida.
Virtude sem Jesus
não tem conotação, e a que o amor domina se faz caridade entre os homens. O
Cristo é o sol onde a humanidade aquece e vive a presença de Deus. Jesus foi, é
e será sempre, a fonte, depois de Deus, para nós outros, onde deveremos buscar
os exemplos das mais expressivas virtudes que com o amor se entrelaçam, na
computação da verdade.
As virtudes são
variadas; cada uma tem seu mérito próprio, é certo, no entanto, elas nascem da
maior de todas, envolvida no sopro de Deus, que é o Amor. Ele se divide em mil
ações comandadas pelas suas sensibilidades espirituais e fala da vida e da
esperança em todos os seus contornos de vida.
Os vícios, que
deverão ser afastados, esquecidos da vida diária, sendo que se encontram
arraigados no ser, não podem ser extirpados de uma vez pelos processos da
violência, entretanto, deixarão de existir, se persistirmos no trabalho das
mudanças, apagando o que não deve ser, para acender a realidade pelo comando do
amor.
Todas as virtudes
são elevadas, quando a alma as compreende. A sua vivência, sacrificando ou
fazendo desaparecer os contrários do amor, é o homem velho cedendo lugar ao
novo homem, na sua transformação moral para entender melhor o chamado de Jesus.
Pelo verbo da Divindade, conquistamos a nós mesmos.
A sublimidade da
virtude está no sacrifício pessoal, se isso é sacrifício; para nós, sacrificar
o mal é glória que a alma recebe por misericórdia, porque dessa decisão nasce
no coração mais vida para Deus. Ele fica mais presente na vida de quem busca
essa senda de luz, passando a viver o amor. As portas da espiritualidade
superior se abrem e o candidato começa a vencer a si mesmo, vencendo o mundo e
ganhando a paz espiritual.
Ouvir a respeito
de Jesus nos dá esperança e abre perspectivas novas para o nosso futuro, porque
por intermédio dele as nossas doenças e todos os tipos de desequilíbrios
cessam. Ele nunca deixa de nos acompanhar, nos ajudando a carregar a nossa
cruz, de problemas inúmeros.
Vemos em Lucas no capítulo cinco, versículo quinze, nos dizendo:
Porém, o que se
dizia a seu respeito cada vez mais se divulgava, e grandes multidões afluíam
para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades.
E o Mestre não só curava as chagas do
corpo, como, igualmente, as do Espírito. A virtude mais elevada para quem a
pratica, é aquela que se assenta na mais pura caridade, contudo, todas elas
pendem para a benevolência. Porém, algumas pessoas se interessam mais por uma
do que por outra. No final, na pureza de sentimentos, todas elas se
transformaram em amor e o sol de Deus brilha em todas.
Compreende teu dever, em
busca desses dons, que a vida em todos os seus aspectos tornar-se-á flores de
claridades eternas em todas as tuas existências. Jesus passará a andar contigo
visivelmente em todos os teus caminhos, ajudando-te a ser melhor e a descobrir
Deus na consciência.
e
Bibliografia:Extraído do livro: filosofia espírita XVIII, João Nunes Maia, Espírito Miramez.