sábado, 22 de junho de 2013

Um pouco do passado da Franco-Maçonaria.

Breve relato sobre o passado da maçonaria


Inicialmente as Lojas somente aceitavam maçons operativos, ou seja, pedreiros livres. Para adentrar a confraria - proibida para as mulheres - os maçons assumiam alguns compromissos relativos a lealdade, honestidade, incorruptibilidade, respeito à hierarquia, conhecimento da geometria, invocação de Deus para a execução de suas construções; etc.

Na segunda metade do século XVII foram aceitos os chamados maçons não operativos. pelo que foi apurado começa aqui  a mudança de rumos para aquela instituição, que passa a instituir ritos em suas reuniões e, por meio de maçons estudiosos das questões espirituais, mergulha num período esotérico.

Em 1717, as Lojas existentes na Inglaterra se fundiram formando a Grande Loja de Londres. Em 1723 surgiu o Livro da constituição dos Franco-maçons, neste livro, começaram a tomar forma os ideais de fraternidade universal e passou a ser reconhecido o valor de cada um, qualquer que fosse sua condição social. Tais ideias levaram o ex-escravo Ângelo Soliman  (ver imagem), que recebera uma esmerada educação, a se tornar o grão-mestre da loja vienense Harmonia Verdadeira, que abrigava a elite de Viena; interessante registrar que se deve a Ângelo a inclusão para a leitura de textos acadêmicos e científicos nas reuniões da Maçonaria.

No final da primeira metade do século XVII, a Maçonaria já tinha se espalhado por toda a Europa. Na França a instituição passou por nova transformação, incluindo novos ritos e passando a receber a inspiração de Iluministas. Ao final do período sua ritualística estava repleta de simbologias.

Tais alterações suscitaram suspeitas nas autoridades da Igreja de que se tratasse de uma religião rival - na verdade desde o Livro da constituição dos Franco-maçons a norma interna maçônica admitia adepto de qualquer religião, havia a necessidade, contudo, que participasse de alguma.

O papa Clemente XII entendeu que a ameaça era real e ordenou, em 1738, a excomunhão de todo católico que se tornasse maçom, determinação que somente começou a ser extinta na segunda metade do século XX. Obviamente que a história da maçonaria não se resume a este relato, mas é um esclarecimento da contribuição da maçonaria nos momentos cruciais da história humana, como o apoio dos maçons na Revolução americana e Revolução francesa. 

Texto extraído do livro.: A mediunidade na história humana:  Mediunidade na idade moderna e contemporânea (Volume 2).  1° edição, 2005. Autor: Licurgo S.de Lacerda Filho. Editora: Minas Editora.

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