A Moral está na base da
Maçonaria, em sua história, em suas leis, em todo o seu desenvolvimento. É a
razão de ser e o principal objetivo da Instituição que, sem ela, não se poderia
manter.
Esse objetivo é mesmo assinalado na primeira linha do primeiro artigo dos “Deveres de um Maçom”, nas “Constituições” Maçônicas, desde 1723.
Esse objetivo é mesmo assinalado na primeira linha do primeiro artigo dos “Deveres de um Maçom”, nas “Constituições” Maçônicas, desde 1723.
Para um maçom, é necessário ser
um indivíduo que segue esta lei, não apenas dentro de sua Loja, mas
principalmente em seu lar com sua família e para com a sociedade. Onde estaria
nossa autoridade moral ao proclamar bons costumes e não seguir o que fala? O
mesmo vale ao frequentador do centro espírita. Praticar em casa e no convívio
social o que se aprendeu dentro da casa espírita.
Praticar o que se aprende de bom,
é dever de qualquer um. Afinal, se não proceder desta maneira, estará enganando
a si.
É ao Grande Arquiteto do Universo que devemos prestar contas de nossos atos, sendo julgados pelo tribunal mais rígido existente: Nossa própria consciência.
É ao Grande Arquiteto do Universo que devemos prestar contas de nossos atos, sendo julgados pelo tribunal mais rígido existente: Nossa própria consciência.
Em um trecho do épico filme
“Ben-Hur”, Judah Ben-Hur, protagonista da estória vivido pelo ator Charlton Heston, cai de cansaço e sede ao chão, depois de o
centurião proibir que dessem água ao herói durante uma jornada. No momento de
súplica, surge o Mestre dos Mestres a lhe ofertar o precioso líquido. Ao perceber a cena, o romano dirige-se ao
Mestre Divino para impedi-lO de continuar a boa ação, porém ao se aproximar de
Jesus e ver seu rosto, retrai-se, tomado de apreensão e vergonha. Na
verdade, o que impediu o comandante romano de cometer a violência, foi a força
da autoridade moral de que Jesus possuía. O centurião, reconhecendo, mesmo que
inconscientemente, a sua própria baixeza moral, se retira confuso de perto do
Mestre.
No Livro da Lei, Jesus
demonstra a seus discípulos de que não basta jejum e oração para enfrentar o
mal que cruza nossos caminhos. É necessário ter a autoridade moral no nosso
viver. Eis o trecho de Marcos : “Aconteceu em quando ele foi vindo ao lugar
onde estavam os outros discípulos, viu em torno destes uma grande multidão de pessoas e muitos escribas que com eles disputavam.
- Logo que deu com Jesus, todo o povo se tomou de espanto e temor e correram todos a saudá-lo.
Perguntou ele então: Sobre que disputáveis em
assembleia? - Um homem, do meio do povo, tomando a palavra, disse: Mestre, trouxe-te meu filho, que está possesso
de um Espírito mudo; - em todo lugar onde dele se apossa, atira-o por terra e o menino espuma, rilha os dentes e
se torna todo seco. Pedi a teus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam.
Disse-lhes Jesus: Oh! gente incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos suportarei? Trazei-mo. Trouxeram-lho e ainda não havia ele posto os olhos em Jesus, e o Espírito entrou a agitá-lo violentamente; ele caiu no chão e se pôs a rolar espumando.
Disse-lhes Jesus: Oh! gente incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos suportarei? Trazei-mo. Trouxeram-lho e ainda não havia ele posto os olhos em Jesus, e o Espírito entrou a agitá-lo violentamente; ele caiu no chão e se pôs a rolar espumando.
Jesus perguntou ao pai do menino: Desde quando
isto lhe sucede? - Desde pequenino, diz o pai. - E o Espírito o tem lançado, muitas vezes, ora à água, ora ao fogo,
para fazê-lo perecer; se alguma coisa puderes, tem compaixão de nós e socorre-nos.
Respondeu-lhe Jesus: Se puderes crer, tudo é
possível àquele que crê. - Logo exclamou o pai do menino, banhado em lágrimas: Senhor, creio, ajuda-me na minha
incredulidade.
Jesus, vendo que o povo acorria em multidão,
falou em tom de ameaça ao Espírito impuro, dizendo-lhe: Espírito surdo e mudo sai desse menino e não entres mais nele.
- Então, o Espírito, soltando grande grito e agitando o menino em violentas convulsões, saiu, ficando como morto o
menino, de sorte que muitos diziam que ele morrera. – Mas Jesus, tomando-lhe as
mãos e amparando-o, fê-lo levantar-se.
Quando Jesus voltou para casa, seus discípulos
lhe perguntaram, em particular: Por que não pudemos nós expulsar esse demônio? - Ele respondeu: Os demônios desta
espécie não podem ser expulsos senão pela prece e pelo jejum.”
(S. Marcos, cap. IX, vv. 13 a 28.)
Um trecho da mensagem “O Grande Restaurador”
psicografado por Divaldo Franco, ditado pelo espírito Amélia Rodrigues,
enfatiza a autoridade e força moral que nosso Mestre possuía:
“A Sua autoridade moral produzia vibrações que afastavam os Espíritos
perversos, para os quais, o verbo franco e gentil não lograva o êxito que se
fazia necessário. Perdidos em si mesmo, conheciam da vida apenas o temor que
experimentavam e que infligiam nas suas vítimas. Outros enfermos, no entanto,
ao leve contato das Suas mãos recebiam a energia vitalizadora, que restaurava o
campo vibratório onde se encontravam as matrizes geradoras das aflições,
modificando-lhe as estruturas e reabilitando o equilíbrio.
Dessa forma, era facultado ao endividado
recuperar-se moralmente pelo bem que pudesse fazer, pela utilidade de que se
tornava portador, auxiliando outras pessoas que dele se acercassem. A humanidade ainda padece essas conjunturas aflitivas
que merece.
Existem muitos seres humanos que andam, porém,
são paralíticos para o bem, encontrando-se mutilados morais, dessa maneira, sem
interesse por movimentarem a máquina orgânica de que se utilizam para a própria
como a edificação do seu próximo. Caminham, e seus passos os dirigem para as
sombras, a que se atiram com entusiasmo e expectativas de prazer,
imobilizando-se nas paixões dissolventes, que terão de vencer...
Há outros que pensam, mas a alucinação faz parte
da sua agenda mental: devaneando no gozo, asfixiando-se nos vapores
entorpecentes, longe de qualquer realização enobrecedora. Intoxicados pela
ilusão dos sentidos, não conseguem liberar-se das fixações perniciosas, que os
atraem e os dominam.
... E quantos que têm olhos e ouvidos, mas
apenas se utilizam para os interesses servis a que se entregam, raramente
direcionando a visão para o Alto e a audição para a mensagem de eterna beleza
da vida?
Ainda buscam Jesus nos templos de fé, a que
ocorrem, uma que outra vez, mantendo a fantasia de merecer privilégios, de
desfrutar regalias, sem qualquer compromisso com a realidade, ou expectativa
ditosa para o amanhã, sem a mórbida inclinação para o vício, para a perversão.
Alguns conseguem encontrá-lO e se fascinam por breves momentos, logo O abandonando, porque não tiveram a sede de gozo atendida, nem se fizeram capazes de sacrificar a dependência tormentosa, a fim de serem livres.
Não são poucos aqueles que se encontram escravizados à
infelicidade por simples prazer, a que se acostumaram, disputando a alegria de
permanecer no pantanal das viciações morais.
Estão na luz do dia e deambulam nas sombras da
noite. Possuem razão e discernimento, no entanto, os direcionam exclusivamente
para os apetites apimentados do insaciável gozo.
Vivem iludidos e se exibem, extravagantes, no
palco terrestre, até quando as enfermidades dilaceradoras _ de que ninguém se
pode evadir _ ou a morte os dominam e consomem. Despertam, mais tarde,
desiludidos e sem glórias, sem poder, empobrecidos de valores morais, que nunca
os acumularam.
Jesus, é, portanto, o grande restaurador, mas
cada Espírito tem o dever de permitir-se o trabalho de auto renovação, em favor
da própria felicidade.
- Vinde a mim... Eu vos aliviarei!
É necessário porém, ir a Ele...
Bibliografia :
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/mundo-espirita/o-grande-restaurador.html
http://nosfraternos.blogspot.com.br/2010/07/moral-maconica_08.html
KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile,
revisão de Elias Barbosa. 195.
ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. XVII. Item 9.
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