sábado, 15 de abril de 2017

Cultivar tolerância e cuidar da cortesia na maçonaria.

Na maçonaria, é imprescindível que o irmão trate seu semelhante com a virtude da cortesia. Trouxemos de nossas casas o bom trato com as pessoas, para nos aprimorar mais ainda em Loja. Se o irmão ainda não progrediu neste comportamento, então é melhor reflexionar se está fazendo progressos na maçonaria.

Se realmente queremos colher benesses, favores e conforto, junto daqueles que conosco caminham, não temos outra alternativa senão ofertarmos as mesmas dádivas aos irmãos de jornada.

Cada gesto que desencadeamos trará consigo, de retorno, como reflexo natural, a mesma intensidade e natureza que a ele imprimirmos. Um gesto bom nos devolverá a bondade, um gesto infeliz, por certo, fará retornar a infelicidade. A escolha sempre será nossa.

Com gestos de fraternidade, por onde passarmos será possível construir a atmosfera da compreensão e da tolerância, virtudes imprescindíveis para a consolidação de um mundo de equilíbrio.

Com gestos de educação e respeito pelas opiniões e modos de vida alheios, conseguiremos evitar o preconceito que tanto ódio, mágoas e rancores têm produzido no seio da coletividade em que mourejamos.

Eis um trecho do livro Bazar da vida, onde exibe a atenção que devemos dar no trato com nossos irmãos.


LIÇÃO IMPREVISTA

O irmão Joaquim Benevente
Justamente nesse dia,
Amanhecera, animado,
Mostrando grande alegria.

Finalmente, ia encontrar
O prezado benfeitor
Que lhe escrevia, de longe,
Renovando-lhe o vigor.

Estava fazendo um lar
Que desse a toda criança,
Sozinha ou desamparada,
Paz, amor e segurança.

Pois, esse amigo distante
Faria do longe o perto;
Prometera visitá-lo
Em data e horário certo.

Além disso, o benfeitor,
Sempre ativo e sempre irmão,
Dissera-lhe em carta amiga
Que lhe traria um bilhão;

Um bilhão que o amparasse,
No serviço em andamento,
E Joaquim se organizara
Para abraçá -lo, a contento.

De ônibus, ia às compras...
Sentou -se, notando ao lado
Um homem de grande porte,
Idoso, forte e pesado.

Após minutos de calma,
Em aspirando o rapé,
O companheiro de banco,
Sem querer, pisou -lhe o pé...

Mas Joaquim trazia um calo
Com minguada paciência,
Um calo que lhe amargurava
Cada dia da existência.

Ao sentir -se machucado,
Entregou -se à irritação
E gritou, atarantado:
 -“Tire o pé, “seu” gordalhão!...

Infeliz, saia daqui,
Saia e vá adiante,
Não quero ter, ao meu lado,
O seu corpo de elefante...”

O homem rogou desculpas
E afastou -se, incontinenti,
Cambaleou e seguiu,
Sentando -se mais à frente.

Joaquim comprou doces finos
Em nobre confeitaria,
Aguardando o benfeitor
Que, logo, o visitaria...

No horário, alguém bate à porta;
Joaquim corre a ver quem é...
Era o homem alto e forte
Que lhe pisara no pé.

O visitante sorriu,
Joaquim pediu -lhe perdão
Recebendo, envergonhado
A dádiva de um bilhão.

Mantendo nas próprias mãos
O cheque pleno de ensinos,
Pensava no grande ensejo
De serviço aos pequeninos.

Moral da história: quem queira
Obras de amor e valia,
Que cultive a tolerância
E cuide da cortesia.


Bibliografia:

Bazar da vida. Jair Presente(espírito), Francisco Xavier.Feb.

WALDENIR APARECIDO CUIN. O poder de um gesto. Julho 2011.Site: oconsolador.com.br

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