Na maçonaria, é imprescindível que o irmão trate seu semelhante com a virtude da cortesia. Trouxemos de nossas casas o bom trato com as pessoas, para nos aprimorar mais ainda em Loja. Se o irmão ainda não progrediu neste comportamento, então é melhor reflexionar se está fazendo progressos na maçonaria.
Se realmente queremos colher benesses, favores e
conforto, junto daqueles que conosco caminham, não temos outra alternativa
senão ofertarmos as mesmas dádivas aos irmãos de jornada.
Cada gesto que desencadeamos trará consigo, de retorno,
como reflexo natural, a mesma intensidade e natureza que a ele imprimirmos. Um
gesto bom nos devolverá a bondade, um gesto infeliz, por certo, fará retornar a
infelicidade. A escolha sempre será nossa.
Com gestos de fraternidade, por onde passarmos será
possível construir a atmosfera da compreensão e da tolerância, virtudes
imprescindíveis para a consolidação de um mundo de equilíbrio.
Com gestos de educação e
respeito pelas opiniões e modos de vida alheios, conseguiremos evitar o
preconceito que tanto ódio, mágoas e rancores têm produzido no seio da
coletividade em que mourejamos.
Eis um trecho do livro Bazar da vida, onde exibe a atenção que devemos dar no trato com nossos irmãos.
LIÇÃO IMPREVISTA
O irmão Joaquim Benevente
Justamente nesse dia,
Amanhecera, animado,
Mostrando grande alegria.
Finalmente, ia encontrar
O prezado benfeitor
Que lhe escrevia, de longe,
Renovando-lhe o vigor.
Estava fazendo um lar
Que desse a toda criança,
Sozinha ou desamparada,
Paz, amor e segurança.
Pois, esse amigo distante
Faria do longe o perto;
Prometera visitá-lo
Em data e horário certo.
Além disso, o benfeitor,
Sempre ativo e sempre irmão,
Dissera-lhe em carta amiga
Que lhe traria um bilhão;
Um bilhão que o amparasse,
No serviço em andamento,
E Joaquim se organizara
Para abraçá -lo, a contento.
De ônibus, ia às compras...
Sentou -se, notando ao lado
Um homem de grande porte,
Idoso, forte e pesado.
Após minutos de calma,
Em aspirando o rapé,
O companheiro de banco,
Sem querer, pisou -lhe o pé...
Mas Joaquim trazia um calo
Com minguada paciência,
Um calo que lhe amargurava
Cada dia da existência.
Ao sentir -se machucado,
Entregou -se à irritação
E gritou, atarantado:
-“Tire o pé, “seu” gordalhão!...
Infeliz, saia daqui,
Saia e vá adiante,
Não quero ter, ao meu lado,
O seu corpo de elefante...”
O homem rogou desculpas
E afastou -se, incontinenti,
Cambaleou e seguiu,
Sentando -se mais à frente.
Joaquim comprou doces finos
Em nobre confeitaria,
Aguardando o benfeitor
Que, logo, o visitaria...
No horário, alguém bate à porta;
Joaquim corre a ver quem é...
Era o homem alto e forte
Que lhe pisara no pé.
O visitante sorriu,
Joaquim pediu -lhe perdão
Recebendo, envergonhado
A dádiva de um bilhão.
Mantendo nas próprias mãos
O cheque pleno de ensinos,
Pensava no grande ensejo
De serviço aos pequeninos.
Moral da história: quem queira
Obras de amor e valia,
Que cultive a tolerância
E cuide da cortesia.
Bibliografia:
Bazar da vida. Jair Presente(espírito), Francisco
Xavier.Feb.
WALDENIR APARECIDO CUIN. O poder de um gesto. Julho 2011.Site:
oconsolador.com.br