domingo, 22 de dezembro de 2013

A vigília do guarda interno de uma Loja Maçônica.

É sabido que um guarda interno de uma Loja maçônica tem a honra de proteger a entrada de qualquer intrusão do mundo profano a fim de manter a harmonia e a discrição dos augustos mistérios de uma reunião. A Jóia do Guarda do Templo são duas espadas cruzadas. A espada é, simbolicamente, a arma da vigilância.

  Mas este objeto material tem sua funcionalidade limitada. Como impedir que maus pensamentos ou também chamados pensamentos negativos entrem no Templo? É difícil não pensar nos problemas mundanos. Usando de vontade firme em deixar de lado os afazeres profanos é certamente possível para o cobridor interno. Então como obstar que outros irmãos tragam energias de baixo padrão vibratório para o Templo? 

 Se não puder auxiliar com conversas edificantes a mudarem o nível de pensamento, então façamos a nossa parte através do próprio exemplo como influência. Sabendo que é demorado perceber a mudança da rotina do pensamento.
Lembrando as passagens do Livro da Lei :
Nem ao menos uma hora pudestes vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus26:40-41)

“Por que dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.”

(
Lucas22:46)

  O Espírito Manoel Philomeno de Miranda traz importante alerta para as consequências em âmbito pessoal e coletivo de más escolhas. Sintonias menos dignas levam multidões a uma influenciação negativa. Somente com cada um fazendo sua parte, permanecendo despertos e na boa sintonia da prece, evita-se essa pandemia de vibrações de baixa frequência:

  “Os estímulos exagerados ao prazer e não ao comedimento abrem as comportas morais para a simbiose emocional e se torna difícil estabelecer a fronteira separativa do que é lícito e se pode fazer em relação ao tudo conseguir devendo o máximo fruir.

  O espetáculo, pois, da obsessão pandêmica choca e comove, sensibilizando o inefável amor de Jesus, que promove as reencarnações de nobres Mensageiros para o esclarecimento da sociedade a respeito da angustiante situação, através da reconquista ética do amor, do dever, da fraternidade, do perdão, da oração e da caridade.


(...)


  O vigiai e orai torna-se de incomum significado terapêutico, neste momento, a fim de prevenir a sociedade a respeito da infeliz pandemia, assim como para libertar os ergastulados nas amarras e prisões da momentânea enfermidade moral-espiritual.”

  Mantermo-nos despertos, e em sintonia elevada, permite estarmos atentos e bem inspirados a toda oportunidade de fazer o Bem, a nosso semelhante e, por decorrência, a nós próprios. Nem sempre o que alguns formadores de opinião ou a mídia tentam ditar como atitudes, comportamentos ou programas da moda, se identificam com esses bons propósitos. Milhares de mentes pouco despertas e sintonizadas com padrões perturbados são, assim, influenciadas coletivamente, atrasando sua marcha evolutiva. Busquemos uma cultura de higiene mental, fazendo, assim, muito Bem a nós mesmos. Este o convite do Mestre divino Jesus nas passagens evangélicas acima.


  O escritor Carlos Torres Pastorino entende que um termo mais adequado do que o tradicionalmente traduzido como “vigiai”, na citação acima, do Evangelho segundo Mateus (também encontrada em Marcos 14:37-38), é “despertai”, de forma consistente com a passagem Lucas 22:46. Em suas palavras:


  “Não usamos o verbo tradicionalmente empregado aqui: vigiai, porque — embora o latim vigilare signifique “despertar”, e apesar de “estado de vigília” se oponha a “estado de sono” — o “vigiar” dá ideia, atualmente, de “olhar com atenção para ver quem venha”, muitas vezes até chegando a colocar-se a mão em pala acima dos olhos, como natural mímica de “vigiar”... Portanto, DESPERTAR é o que melhor exprime a ideia do texto original: é indispensável acordar, deixar de dormir, a fim de não perder o momento solene e precioso da chegada do Filho do Homem.” 

  “Quantas vezes aquilo que nos revolta, seria um passo à frente em nossa evolução, e perdemos a oportunidade! Estejamos despertos, atentos, bem acordados, e permaneçamos em oração, para aproveitar todas as ocasiões de subir.”
Um fato importante de ser lembrado, é que sempre que tenhamos pensamentos viciosos, isso fatalmente atrairá desencarnados ligados a pensamentos semelhantes aos quais estaremos emitindo, como mostra uma mensagem de Irmã Sheilla :

Ódio,ressentimento,rancor,orgulho,mágoa são estados psicológicos que dão às entidades perseguidoras o sinal para avançarem.Tais Espíritos espreitam suas vitimas, a espera do melhor momento para agirem.

Sempre que tais pensamentos te chegarem à mente , busca refugio na prece, eleva-te a Deus,a fim de que, os canais de sintonia que te ligam a entidade perseguidoras sejam sejam desfeitos com a força do bem,que pode brotar dentro de ti mesmo.
Vigia teus pensamentos.
Ora ao Pai

Dedica-te ao Bem. Assim agindo, estarás colocando-te a salvo das investidas inferiores e aproximando-te das esferas elevadas, cujos eflúvios te garantirão a paz interior.


Bibliografia:

-PASTORINO, Carlos Torres. “Sabedoria do Evangelho


-http://licoesdosespiritos.blogspot.com

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O maçom na escada de Jacó. Em qual degrau você está ?

                                                        
 Há irmãos que preocupam-se mais em galgar os graus maçônicos e esquecem que o mais importante é galgarem os degraus da Escada de Jacó, que simbolicamente representa para a maçonaria o caminho certo para o irmão seguir. Só conseguirão o intento se subirem com fé e praticar a caridade onde a mão esquerda não saiba o que fez a direita. E como sabemos, que há irmãos de diferentes graus evolutivos neste mundo, é compreensível que muitos se encontrem ainda em degraus ainda baixos da escada.

Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham alcançado: Espíritos puros, que atingiram a perfeição máxima; bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.


No livro Gênesis, na Bíblia, capítulo 28, há uma passagem famosa que envolve a figura de Jacó, um dos patriarcas do povo judeu.
Certa feita, em viagem, chegando num local desconhecido, à noite, deitou-se para descansar.
Adormecendo, sonhou que a partir dali se erguia uma escada que se alongava ao céu. Anjos subiam e desciam pelos degraus sem fim.
Ao lado estava Jeová, o deus bíblico, que lhe concedeu, e à sua descendência, a terra onde repousava. E renovou a promessa de que o povo judeu haveria de se estender por toda a Terra, como o pó do chão.

A concessão não deu muito certo.
Os judeus, na maior parte de sua história, permaneceram sob domínio estrangeiro. Pior: a partir do ano 70 da Era Cristã, sob o comando do general Tito, as forças romanas arrasaram Jerusalém. Os descendentes de Jacó foram dispersados pelo Mundo.
Não eram triunfantes conquistadores, como vaticinara Jeová.
Apenas egressos de uma nação que perdera seu território.


Bastante sugestiva, nesta passagem, é a escada de Jacó a estender-se ao infinito.
Simboliza a jornada do Espírito rumo à perfeição.
À medida que desenvolvemos nossas potencialidades criadoras e aprimoramos nossos sentimentos, galgamos degraus, aproximando-nos cada vez mais do Céu, a exprimir-se na plena realização como filhos de Deus, na geografia da consciência.
Os anjos que sobem e descem a escada simbolizam os Espíritos superiores, que amparam e ajudam seus irmãos em evolução, já que a solidariedade é sua característica mais expressiva.
Por isso costuma-se dizer que a felicidade do Céu é socorrer a infelicidade da Terra.


Em O Livro dos Espíritos, na questão 97, Kardec pergunta ao mentor espiritual se há uma quantidade determinada de ordens ou graus de perfeição dos Espíritos.

O mentor responde que esse número é ilimitado.
É a mesma idéia da escada que se estende ao infinito. Impossível contar os degraus, por onde subimos rumo à perfeição.


Todos que mourejamos na Terra, somos, obviamente, Espíritos.
Uma única diferença nos distingue – estamos encarnados.
Também estamos num determinado degrau da imensa escada que nos conduzirá aos paramos celestes.
Haverá entre nós Espíritos, da Primeira Ordem, puros, perfeitos?
Houve apenas um:
Jesus.


Espíritos da Segunda Ordem, que se orientam exclusivamente pelo desejo de fazer o bem, têm transitado em número razoável pelas paragens terrestres.
São os grandes idealistas, que, não obstante suas limitações, trabalham em favor do progresso humano. Ainda que em posições de subalternidade, destacam-se pelo comportamento, empenhados em cuidar do próximo.
Muitos nem precisariam reencarnar. Deixam os patamares mais altos em que se encontram para estimular à ascensão os irmãos que se demoram em degraus mais baixos.


Perto da base situamo-nos todos nós, pobres humanos ainda orientados pelo egoísmo.
Sonhamos altos vôos de espiritualidade, mas temos os pés chumbados no chão.
Admiramos a virtude, mas não conseguimos vencer o vício.
Exaltamos a palavra mansa, mas freqüentemente caímos na expressão agressiva.
Como diz Paulo, queremos o bem, mas nos envolvemos com o mal.
Nossa evolução primária evidencia-se no trato com as pessoas que se comprometem com o crime.

Se lemos no jornal que alguém estuprou uma criança, logo pensamos que a pena de morte seria pouco para esse “monstro”, que antes deveria ser submetido às piores torturas, numa clara alusão ao olho por olho da anacrônica legislação mosaica que Jesus revogou há dois mil anos. Será que um Espírito da Segunda Ordem pensaria assim? Ou enxergaria nesse criminoso um doente necessitado de tratamento, como está no ensino evangélico?

O nosso anseio de justiça cheira a vingança.
Se alguém nos faz um desaforo, logo “soltamos os cachorros”, para “colocar o imbecil em seu devido lugar”.
Os que, por um prodígio de disciplina, silenciam, não fazem melhor, consumindo-se em rancor.

Moralmente, a escada de Jacó situa-se em nossa própria consciência.
Para galgar seus degraus até o Céu da inalterável serenidade que sustenta a alegria de viver, mister aprimorar nossos sentimentos, superar nossa agressividade própria do comportamento humano.

É algo como está numa interessante historia relatada por Daniel Goleman, em seu livro Inteligência Emocional:
Um guerreiro samurai certa vez desafiou um mestre Zen a explicar o conceito de céu e inferno. Mas o monge respondeu-lhe com desprezo:
- Não passas de um rústico... não vou desperdiçar o meu tempo com gente da tua laia!
Atacado na própria honra, o samurai teve um acesso de fúria e, sacando a espada da bainha, berrou:
- Eu poderia te matar por tua impertinência.
- Isso – respondeu calmamente o monge – é o inferno.
Espantado por reconhecer como verdadeiro o que o mestre dizia acerca da cólera que o dominava, o samurai acalmou-se, embainhou a espada e fez uma mesura, agradecendo ao monge a revelação.
- E isso – disse o monge – é o céu.

Bibliografia:
Texto extraído e editado do livro de Richard Simonetti, “Espiritismo, Uma Nova Era”. Editora: FEB

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Nível, Prumo e o Ser Consciente



Generalizando informações acerca da simbologia maçônica do nível e do prumo, exprimem que a retidão, em termos práticos na jornada da vida e o conhecimento intelectual e moral são alguns dos meios de conseguir superar tendências e inquietações que tanto afligem o homem.
Na Maçonaria, os homens são considerados iguais perante as leis naturais e sociais, sendo que, simbolicamente, é através do Nível que esta igualdade é verificada.

É somente através da igualdade, proporcionada pela tolerância e pela aplicação das leis morais, que a fraternidade torna-se possível de ser alcançada. Em suma, o papel do Nível é controlar a força criadora do homem, direcionando sua vontade para propósitos úteis.

Simbolicamente, o Prumo possibilita verificar a correta fundamentação do crescimento intelectual, trazendo o conhecimento necessário para possibilitar a aplicação precisa da força através da razão, denotando a profundidade exigida para nossas observações e estudos, de forma a garantir a estabilidade da obra.

Esmagado por conflitos que não amainam de intensidade, o homem moderno procura mecanismos escapistas, em vãs tentativas de driblar as aflições transferindo-se para os setores do êxito exterior, do aplauso e da admiração social, embora os sentimentos permaneçam agrilhoados e ferreteados pela angústia e pela insatisfação.

As realizações externas podem acalmar as ansiedades do coração, momentaneamente, não, porem, erradicá-las, razão por que o triunfo externo não apazigua interiormente.
Condicionado para a conquista das coisas, na concepção da meta plenificadora, o indivíduo procura soterrar os conflitos sob as preocupações contínuas, mantendo-os, no entanto, vivos e pulsantes, até quando ressumam e sobrepõem-se a todos os disfarces, desencadeando novos sofrimentos e perturbações devastadoras.

O homem pode e deve ser considerado como sendo sua própria mente.
Aquilo que cultiva no campo íntimo, ou que o propele com insistência a realizações, constitui a sua essência e legitimidade, que devem ser estudadas pacientemente, a fim de poder enfrentar os paradoxos existenciais — parecer e ser —, as inquietações e tendências que o comandam, estabelecendo os paradigmas corretos para a jornada, liberado dos choques interiores em relação ao comportamento externo.

Ignorar uma situação não significa eliminá-la ou superá-la. Tal postura permite que os seus fatores constitutivos cresçam e se desenvolvam, até o momento em que se tornam insustentáveis, chamando a atenção para enfrentá-los.

O mesmo ocorre com os conflitos psicológicos. Estão presentes no homem, que, invariavelmente, não lhes dá valor, evitando deter-se neles, analisar a própria fragilidade, de modo a encontrar os recursos que lhe facultem diluí-los.
Enraizados profundamente, apresentam-se na consciência sob disfarces diferentes, desde os simples complexos de inferioridade, os narcisismos, a agressividade, a culpa, a timidez, até os estados graves de alienação mental.

Todo conflito gera insegurança, que se expressa multifacetadamente, respondendo por inomináveis comportamentos nas sombras do medo e das condutas compulsivas.
Suas vítimas padecem situações muito afugentes, tombando no abandono de si mesmas, quando as resistências disponíveis se exaurem.

 O ser consciente deve trabalhar-se sempre, partindo do ponto inicial da sua realidade psicológica, aceitando-se como é e aprimorando-se sem cessar.

Somente consegue essa lucidez aquele que se autoanalisa, disposto a encontrar-se sem máscara, sem deterioração. Para isso, não se julga, nem se justifica, não se acusa nem se culpa. Apenas descobre-se.

À identificação segue-se o trabalho da transformação interior para melhor,

utilizando-se dos instrumentos do auto amor, da autoestima, da oração que estimula a capacidade de discernimento, da relaxação que libera das tensões, da meditação que faculta o crescimento interior.

O auto amor ensina-o a encontrar-se e desvela os potenciais de força íntima nele jacentes.


A autoestima leva-o à fraternidade, ao convívio saudável com o seu próximo, igualmente necessitado.

A oração amplia-lhe a faculdade de entendimento da existência e da Vida

real.

A relaxação proporciona-lhe harmonia, horizontes largos para a movimentação.

A meditação ajuda-o a crescer de dentro para fora, realizando-se em amplitude e abrindo-lhe a percepção para os estados alterados de consciência.

O autoconhecimento se torna uma necessidade prioritária na programática existencial da criatura. Quem o posterga, não se realiza satisfatoriamente, porque permanece perdido em um espaço escuro, ignorado dentro de si mesmo.


Foi necessário que surgissem a Psicologia Transpessoal e outras áreas doutrinárias com paradigmas bem definidos a respeito do ser humano integral, para que se pudesse propor à vida melhores momentos e mais amplas perspectivas de felicidade.


A contribuição da Parapsicologia, da Psicobiofísica, da Psicotrônica, ampliou os horizontes do homem, propiciou-lhe o encontro com outras dimensões da vida e possibilidades extrafísicas de realização, que permaneciam soterradas sob os escombros do inconsciente profundo, ou adormecidas nos alicerces da Consciência.


Antes, porém, de todas essas disciplinas psicológicas e doutrinas parapsíquicas, o Espiritismo descortinou para a criatura a valiosa possibilidade de ser consciente, concitando-a ao auto encontro e à autodescoberta a respeito da vida além dos estreitos limites materiais.


Perfeitamente identificado com os elevados objetivos da existência terrestre do ser humano, Allan Kardec questionou os Espíritos Benfeitores.  “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?”

Eles responderam: “— Um sábio da Antigüidade vo-lo disse”. Conhece-te a ti mesmo.

Fontes: 
* www.maconaria.net/ 
*O Ser consciente. Divaldo Franco-Joanna de Angelis


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Diferenças entre reconhecimento e gratidão.

Uma das mais elevadas virtudes, que o homem deve aspirar, é a gratidão. Um raro valor de se observar na atual sociedade tão preocupada com seus afazeres mundanos ou profanos. Poucos sabem diferenciar a prática da gratidão com a do reconhecimento. Neste texto escrito por Cairbar Schutel, é elucidado o que um verdadeiro espírita ou um sábio maçom deveriam saber para zelar pela evolução que tanto almejam.

De caminho para Jerusalém, passava Jesus pela divisa entre a Samaria e a Galiléia. Ao entrar ele numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos, que ficaram de longe, e levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem compaixão de nós! Jesus logo que os viu disse-lhes: Ide mostrar-vos aos sacerdotes. E em caminho ficaram limpos. Um deles, vendo-se curado, voltou dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe, e este era samaritano. Perguntou Jesus: Não ficaram limpos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou quem voltasse a dar glória a Deus senão este estrangeiro? E disse ao homem: levanta-te e vai; a tua fé te curou.” (Lucas, XVII, 11-19)

Muitos dos seus discípulos se retiraram, e não andavam mais com Jesus. Perguntou então Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna: e nós temos crido e conhecemos que tu és o Santo de Deus.” (João, VI, 66-69)

Marta, preocupada com o serviço, chegando-se ao Senhor disse: a ti não se te dá que minha irmã me tenha deixado só a servir? Manda-lhe, pois, que me ajude. Mas respondeu-lhe o Senhor: Marta, está muito ansiosa e te ocupas com muitas coisas, entretanto poucas são necessárias, ou antes uma só; porque Maria escolheu a boa parte que não lhe será tirada. (Lucas, X, 40-42.)

Aí tendes uma guarda; ide segurá-lo como entendeis. Partiram eles e tornaram seguro o sepulcro, selando a pedra e deixando ali aguarda. (Mateus, XXVII, 65-66.)

Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para ir embalsamá-lo.” (Marcos, XVI, 1.)

Reconhecimento e gratidão são as duas expansões da alma humana, que assinalam muito bem o estado moral de cada indivíduo.
O reconhecimento é o testemunho da genuinidade de uma coisa, de um fato, de uma pessoa.

O reconhecimento é princípio inteligente que nos aproxima da verdade.
Como ato de discernimento, o reconhecimento pode dar lugar ao bom ou mau juízo que façamos de um objeto ou de uma pessoa.

Como virtude moral, o reconhecimento é o princípio da gratidão: onde aquele chega a seu mais elevado cimo, esta começa a sua espiral que se eleva ao infinito.

O reconhecimento, que é discernimento espiritual, obedece sempre ao estado de espírito do julgador.

O reconhecimento, como produto do benefício, é a confissão do bem, pelo bem que o bem nos fez.

A gratidão grava a ideia do bem e mantém, pelo autor do benefício, vivo sentimento de carinho.

O reconhecimento lembra a ideia do benefício. A gratidão aviva a lembrança do benfeitor.

O reconhecimento é um movimento de inteligência, variável, como variável é a inteligência em cada ser humano.

A gratidão é uma confirmação da razão, sancionada por gesto do coração.

Há reconhecimento e há gratidão; onde aquele para, por não poder continuar o seu caminho, esta começa num sulco de luz, a ascensão para a Eternidade.
Não há virtude mais nobre, por isso mesmo mais rara que a gratidão. Ela nos conduz pelo amor e nos eleva a Deus.

Muitas são as almas reconhecidas, mas poucas são as que têm gratidão.
Dos dez leprosos curados em terras da Palestina, só um voltou a dar graças ao Senhor. De todos os restabelecidos pelo Senhor não se contam, talvez, três, que lhe seguissem os passos. De todos os que ouviram dos melodiosos lábios a Palavra de Salvação, insignificante foi o número dos agradecidos; inúmeros foram os que reconheceram o Verbo de Deus, e muito maior em número foram os que, apesar de O reconhecerem, repudiaram a sua Palavra.

Padres, doutores, rabinos, escribas, fariseus, governadores e césares, depois que reconheceram o Poder do Verbo Divino, é que resolveram crucificar o Inocente!
E aquele mesmo que depois de haver mostrado o seu reconhecimento na mais alta expressão de inteligência, lava as mãos ao derramamento de sangue e acede ao sacrifício da vítima, porque não tem coragem de ser grato.
O mundo está cheio de reconhecidos, mas vazio de gratidão.

De oitenta e quatro discípulos que seguiam o Mestre Nazareno, setenta e dois abandonaram no em meio do caminho dando motivo à pergunta do Humilde Galileu aos outros doze: “E vós também não vos quereis retirar? Ao que respondeu Pedro: Para quem havemos nós de ir, Senhor? Tu tens Palavras de Vida Eterna!

O reconhecimento incita o interesse; a gratidão reveste o amor.

Marta e Lázaro são reconhecidos, mas só Maria tem gratidão: " Uma mulher com um frasco de fino perfume de nardo ungiu-O ”. (Marcos, XIV, 3.)
Nicodemos, movido pelo reconhecimento, vai ao encontro de Jesus, mas como não tem gratidão, espera a noite para se aproximar do Filho de Deus. No reconhecimento só age o interesse. Na gratidão é o amor que fala.

Para guarda do sepulcro, Herodes envia milícia; Madalena leva flores e perfumes.

O reconhecimento é o princípio inteligente que nos aproxima da Verdade; a gratidão é um dever que a ela nos alia.
Na vida particular, como na vida social, há reconhecimento e gratidão; mas aquele, quando lustrado pela nobreza de caráter, é o princípio em que germinam as graças que nos dão a pureza de sentimento.

O reconhecimento é, finalmente, para a gratidão, o que a bolota é para o carvalho.

 Bibliografia: 
“Parábolas e Ensinos de Jesus” – Cairbar Schutel. 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

20 de agosto, dia do maçom brasileiro.


Feliz dia do Maçom.
A todos os irmãos maçons, que este dia 20 de agosto, seja mais um de reflexão e não somente de solenidade, pois a maior comemoração que um maçom pode ter é de cavar masmorras de todos os seus vícios. O espiritismo nos revela que o vício atinge o corpo espiritual, que é a matriz do corpo físico. Após o desencarne, advém a crise de abstinência como aconteceria no plano físico. Os vícios morais naturalmente também acompanham o homem no além-túmulo. Esclarece-nos o Mestre: “Escutai e compreendei bem isto: - Não é o que entra na boca que macula o homem; o que sai da boca do homem é que o macula. - O que sai da boca procede do coração e é o que torna impuro o homem; - porquanto do coração é que partem os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as fornicações, os latrocínios, os falsos-testemunhos, as blasfêmias e as maledicências. - Essas são as coisas que tornam impuro o homem" ( S. Mateus, cap. XV, vv. 1 a 20.).

Todos os hábitos que conduzem o homem ao bem; Atitudes positivas que geram bem a sí e ao próximo.
  • Humildade,Modéstia,Sensatez,Companheirismo/renúncia, Beneficência, Perdão, Brandura, Paciência, Afabilidade / doçura, Abnegação, Responsabilidade, Fé, Sabedoria, Compaixão.
Recordando uma psicografia de Chico Xavier pelo espírito Emmanuel :
“A evolução é a escalada infinita.
Cada qual abrange a passagem de acordo com o degrau em que se coloca.”.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O famoso Bode da Maçonaria.

     Não é raro ouvir do povo que nas reuniões maçônicas exista um bode. Este animal teria alguma função na maçonaria, sendo o emprego de retirar o sangue para determinados fins, como a mais comum das tolices proferidas por pessoas completamente alheias sobre a sublime ordem. Se há um bode ou não, bastaria o leitor utilizar um pouco de seu raciocínio e terá a resposta. Por que estas estórias do bode preto como espectador nas reuniões secretas e outras conversas pitorescas ainda persistem no imaginário popular?

    É grande o número dos desinformados julgarem sem justiça a maçonaria e também o espiritismo. Digo “desinformados” porque muitos sequer averiguam se o que ouvem é verdade. Além disso, existem alguns "instruídos" que fingem não saber sobre determinado assunto por interesses escusos. Motivos puramente materialistas ou exibicionistas, aproveitando-se da atual ignorância e superstição de um povo que sofre para encontrar uma luz no fim do túnel de suas tribulações.

     A falta de estímulo à cultura é um dos meios de manter o grande público na ignorância, o que estimula ainda a violência. Cita Voltaire quando afirma que aqueles que conseguem fazer você acreditar em absurdos podem fazer você cometer atrocidades.

     A cultura é um atributo do homem e se constitui a partir das relações e das experiências com o mundo, como os grupos sociais, a tradição, os costumes, o meio ambiente, a religião etc. A difusão de boas ideias resulta em reformas que reduzem a violência por vários caminhos. O mais óbvio é o desmascaramento da ignorância e da superstição, grandes males que cercam o homem.

      O maior degrau da “escada de Jacó”, que a sociedade teria o mérito de subir para se desvencilhar desse mal que a rodeia, é o degrau da moralidade. Moralmente, a Humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Ao mesmo tempo em que o melhoramento do globo se opera sob a ação das forças materiais, os homens para isso concorrem pelos esforços de sua inteligência. Saneiam as regiões insalubres, tornam mais fáceis as comunicações e mais produtiva a terra. 

     Depois de se haver, de certo modo, considerado todo o bem-estar material, produto da inteligência, logra-se compreender que o complemento desse bem-estar somente pode achar-se no desenvolvimento moral. Quanto mais se avança, tanto mais se sente o que falta, sem que, entretanto, se possa ainda definir claramente o que seja: é isso efeito do trabalho íntimo que se opera em prol da regeneração. Surgem desejos, aspirações, que são como que o pressentimento de um estado melhor. Recordando um texto do venerável escritor Herculano Pires, no seu livro  
“O Espírito e o Tempo”: O homem não amadurece como o fruto, mas como Espírito. Na proporção em que a criança amadurece, ela deixa de ser criança, para tornar-se adulto.  Assim, o homem, na proporção em que amadurece, deixa de ser homem – essa criatura humana, contraditória e falível, enleada nas ilusões da vida física – para tornar-se Espírito.

     Algumas maneiras de galgar o degrau da moralidade foram ditas pelo mestre Allan Kardec, na revista espírita de 1863, mensagem dada por  La Fontaine (espírito), intitulada “Conhecer a si mesmo”. 
Entre os seus sábios conselhos encontramos: 

a. “O que muitas vezes impede que vos corrijais de um defeito, de um vício, é, certamente, o fato de não perceberdes que o tendes”. Ou seja, o desconhecimento de si impede que identifiquemos nossas imperfeições ou limites morais para que possamos mudar para melhor, aliás, nenhuma reforma considerável é possível sem o conhecimento exato a respeito do que merece mudança. 

b. “Enquanto vedes os menores defeitos do vizinho, do irmão, nem sequer suspeitais que tendes as mesmas faltas, talvez cem vezes maiores que as deles.” A falta de indulgência escurece nossa visão sobre nós mesmos. Quando nos fazemos juízes inveterados dos outros, gastamos tempo e energia que poderiam ser destinados à exploração do planeta interno e, com isso, passamos a perder o foco da atenção sobre nós mesmos que, no caso de nossa progressão espiritual, é o que mais importa. 

c. “Deveríeis analisar-vos um pouco como se não fôsseis vós mesmos”.  Equanimidade parece ser uma palavra-síntese dessa frase. Cabe-nos uma análise sincera e imparcial de nossa natureza moral tornando a subjetividade objeto de exame, fazendo o exercício mental de “olhar de fora" para cá dentro do ser. 

d. “Sede francos convosco mesmos; travai conhecimento com o vosso caráter (...).” A franqueza gera a desilusão, o que de fato é uma maravilha. É melhor ficar momentaneamente desapontado consigo por descobrir-se equivocado do que passar uma reencarnação em permanente autoengano. Aliás, o pensador espiritualista Hermógenes diz, num de seus escritos, que, se tivesse que fundar uma religião, ela se chamaria “desilusionismo”. 


http://www.oconsolador.com.br/ano7/323/ricardo_baesso.html
PIRES,  J. Herculano. O Espírito e o Tempo. 3.ed. São Paulo:EDICEL, 1979

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O ramo de acácia amarela e o ramo de videira.

Algumas semelhanças entre o significado simbólico maçônico da acácia amarela e o ramo de videira, acepção simbólica do espiritismo.


      A Acácia foi tida na antiguidade, entre os hebreus, como árvore sagrada e daí sua conservação como símbolo maçônico. Os antigos costumavam simbolizar a virtude e outras qualidades da alma com diversas plantas. A Acácia é inicialmente umsímbolo da verdadeira Iniciação para uma nova vida, a ressurreição para uma vida futura. O ramo da acácia amarela,representa a segurança, a clareza, e também a inocência ou pureza. Esperando-se do maçom, uma conduta pura.



         O desenho de uma cepa, com a uva, aparece no frontispício de O Livro dos Espíritos, um clichê que reproduz o desenho feito pelos próprios Espíritos, em Prolegómenos, prólogo por eles assinado: Santo Agostinho, O Espírito de Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, dentre outros que informaram:

 “Porás no cabeçalho do livro a cepa que te desenhamos, porque é o emblema do trabalho do Criador. Aí se acham reunidos todos os princípios materiais que melhor podem representar o corpo e o espírito. O corpo é a cepa; o espírito é o licor; a alma ou espírito ligado à matéria é o bago. O homem quintessência o espírito pelo trabalho e tu sabes que só mediante o trabalho do corpo o Espírito adquire conhecimentos.”

         Embora hajam algumas divergências de interpretação, tanto em relação as publicações originais em francês, como nas traduções para o português, este seria o significado mais próximo do desenho: O corpo é a rama da videira, a alma ou espírito unido à matéria é a uva e o espírito é o líquido dentro da uva, seu suco. 
         Através do trabalho, o ser humano transforma o suco em vinho, ou seja, a destila, retira sua quintessência, transforma o espírito em um espírito do mais alto grau, superior, evoluído. A sua utilização na capa das obras da codificação básica não encerra em si nenhum misticismo, mas simplesmente um significado simbólico.
Cepa – “tronco da videira, donde brotam os sarmentos” (sarmento – vide: rebento da videira, braço ou vara da videira).

    Estas acepções ensinam que sem o suor do trabalho e estudo intelecto/moral, não iremos evoluir muito. Quantas vezes a dor, esta amiga tão incompreendida, irá nos apontar o caminho que nós teimamos em desviar, vez ou outra? Sem a iniciativa do trabalho (burilamento de nossas imperfeições), o homem não irá subir um degrau, sequer, da escada de Jacó. 


     No máximo ficará estacionado no lugar, mas o Grande Arquiteto do Universo, Inteligência Suprema e misericórdia infinita, jamais se esquece do filho pródigo, pois Ele sabe que sua criação reerguerá do erro e abandonará os renitentes vícios deste mundo de provas e expiações, bastando seguir os caminhos do aprendizado do Evangelho, que nosso Mestre dos mestres nos ensinou. 

          Eis um texto de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, a nos mostrar os esforços e proveitos em conseguir manter-se na direção certa:  

"Aceitar o poder de Jesus, guardar certeza da própria ressurreição além da morte, reconfortar-se ante os benefícios da crença, constituem fase rudimentar no aprendizado do Evangelho.
Praticar as lições recebidas, afeiçoando a elas nossas experiências pessoais de cada dia, representa o curso vivo e santificante.
O aluno que não se retira dos exercícios no alfabeto nunca penetra o luminoso domínio mental dos grandes mestres.
Não baste situar nossa alma no pórtico do templo e aí dobrar os joelhos reverentemente; é imprescindível regressar aos caminhos vulgares e concretizar, em nós mesmos, os princípios da fé redentora, sublimando a vida comum.
Que dizer do operário que somente visitasse a porta de sua oficina, louvando-lhe a grandeza, sem, contudo, dedicar-se ao trabalho que ela reclama? Que dizer do navio admiravelmente equipado, que vivesse indefinidamente na praia sem navegar?
Existem milhares de crentes da Boa Nova nessa lastimável posição de estacionamento. São quase sempre pessoas corretas em todos os rudimentos da doutrina do Cristo. Creem, adoram e consolam-se, irrepreensivelmente; todavia, não marcham para diante, no sentido de se tornarem mais sábias e mais nobres. Não sabem agir, nem lutar e nem sofrer, em se vendo sozinhas, sob o ponto de vista humano.
Precavendo-se contra semelhantes males, afirmou Paulo, com profundo acerto: - "Deixando os rudimentos da doutrina de Jesus, prossigamos até à perfeição, abstendo-nos de repetir muitos arrependimentos, porque então não passaremos de autores de obras mortas."
Evitemos, assim, a posição do aluno que estuda. . . e jamais se harmoniza com a lição, recordando também que se o arrependimento é útil, de quando em quando, o arrepender-se a toda hora é sinal de teimosia e viciação". 
      

Veja também: http://espiritamacom.blogspot.com.br/2017/10/a-acacia-e-o-mestre-divino.html



Bibliografia:

Livro: Avancemos sempre. Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Xavier

Link do video texto da mensagem: http://www.youtube.com/watch?v=y7lxx18hrKM

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Fazer o bem sem ostentação.

O Valor da Esmola

  Um mendigo que esmolava à porta de uma grande mesquita ergueu, certa vez, ao Altíssimo a seguinte prece:
- Senhor! Fazei com que as primeiras esmolas que me forem dadas hoje tenham para mim o mesmo valor que tiverem aos vossos olhos!
Momentos depois cruzava a mesquita um rico Sheik que regressava de uma festa acompanhado de vários amigos e admiradores. Tomou o orgulhoso de um punhado de ouro e com o fito especial de deslumbrar os que o rodeavam, atirou as rutilantes moedas aos pés do velho mendigo. O infeliz, em sinal de gratidão, beijou o chão que o nobre senhor pisara.

  Quando, porém, procurou juntar as moedas que recebera, notou, com indizível surpresa, que elas se haviam transformado em folhas secas.
No mesmo instante compreendeu o mendigo - ao recordar-se da prece que pouco antes fizera - que aquela transformação milagrosa era obra de Allah, o Onipotente: as moedas dadas pelo orgulhoso Sheik não passavam de folhas secas e inúteis que o vento arrasta, espedaça e reduz a pó.

  E o mendicante tomado de profunda tristeza começou a lamentar a sua triste sorte.
Um humilde tecelão que passava compadeceu-se da situação do infeliz pedinte e deu-lhe um punhado de tâmaras, pois não trazia de seu nem mesmo um simples dinar de cobre. Realizou-se, porém, um novo milagre: as tâmaras ofertadas pelo tecelão, mal caíram entre as mãos do mendigo, transformaram-se em pérolas e rubis.

  Louvado seja Allah, Justo e Clemente! A esmola dada por ostentação é, aos olhos de Deus como folhas seca do caminho; o óbulo piedoso, esse vale mais do que todos os tesouros de um califa!

  Este texto de Malba Tahan, célebre escritor do livro "O homem que calculava", nos mostra a importância de fazer o bem sem ostentação, assim disse o Mestre Jesus: "- Guardai-vos, não façais as vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles." (Mateus,VI: 1-4).

  Infelizmente ainda existem irmãos renitentes no erro da vaidade. Exibem-se para os outros, maculando uma das mais sublimes virtudes do homem, que é a caridade. Sem dúvida, eles ainda se perdem no alarde de suas obras por ignorância das leis do Grande Arquiteto do Universo, mas é certo que um dia acordarão no caminho da Divina Providência, demonstrando enfim a superioridade moral, que é mais meritório.

  Em uma mensagem de Joanna de Ângelis, na psicografia de Divaldo Franco, diz: A caridade é algo maior do que o simples ato de dar. Certamente, a doação de qualquer natureza sempre beneficia aquele que lhe sofre a falta. Todavia, para que a caridade seja alcançada, é necessário que o amor se faça presente, qual combustível que permite o brilho da fé, na ação beneficente.


  Lembrando o espírito Emmanuel, que nem só de bens materiais se faz a caridade : A caridade não brilha unicamente na dádiva. Destaca-se nos mínimos gestos do cotidiano. Está no sorriso de compreensão e tolerância; na palavra que tranquiliza; na gentileza para com desconhecidos; no amparo a criança; no socorro ao doente; na atenção para com quem fala; no acatamento das confidências de um amigo; no silêncio, ante os conceitos agressivos desse ou daquele adversário; e no respeito perante os hábitos e as cicatrizes do próximo.    

Por: Getúlio M. A. Neto



                                 *                                     *                                      *

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Divaldo Franco em palestra sobre a Maçonaria, na Loja Sublime Universo 125

Palestra "A Maçonaria e o Espiritismo" - Divaldo Pereira Franco promovida em 1994, Americana(SP)



                                      Link: http://www.youtube.com/watch?v=yWfhw75MQg0

terça-feira, 25 de junho de 2013

Masmorras aos vícios.

As virtudes e os vícios - O livro dos espíritos.

893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?

“Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtudes sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade.”


Quando o Espírito passa a conhecer o mundo das virtudes, ele começa a acordar para a vida espiritual, e as virtudes devem ocupar o lugar dos vícios e hábitos inconvenientes para a paz espiritual.

 Mesmo no estágio em que se encontra a humanidade, de maior interesse para as paixões inferiores, é de sentimento comum das criaturas defender e gostar da pessoa virtuosa, e com o espaço de tempo estudar, pregar e, por fim, passar à prática dessas qualidades nobres ensinadas por Jesus e descritas no evangelho da sua vida.

Virtude sem Jesus não tem conotação, e a que o amor domina se faz caridade entre os homens. O Cristo é o sol onde a humanidade aquece e vive a presença de Deus. Jesus foi, é e será sempre, a fonte, depois de Deus, para nós outros, onde deveremos buscar os exemplos das mais expressivas virtudes que com o amor se entrelaçam, na computação da verdade.

As virtudes são variadas; cada uma tem seu mérito próprio, é certo, no entanto, elas nascem da maior de todas, envolvida no sopro de Deus, que é o Amor. Ele se divide em mil ações comandadas pelas suas sensibilidades espirituais e fala da vida e da esperança em todos os seus contornos de vida.

Os vícios, que deverão ser afastados, esquecidos da vida diária, sendo que se encontram arraigados no ser, não podem ser extirpados de uma vez pelos processos da violência, entretanto, deixarão de existir, se persistirmos no trabalho das mudanças, apagando o que não deve ser, para acender a realidade pelo comando do amor.

Todas as virtudes são elevadas, quando a alma as compreende. A sua vivência, sacrificando ou fazendo desaparecer os contrários do amor, é o homem velho cedendo lugar ao novo homem, na sua transformação moral para entender melhor o chamado de Jesus. Pelo verbo da Divindade, conquistamos a nós mesmos.

A sublimidade da virtude está no sacrifício pessoal, se isso é sacrifício; para nós, sacrificar o mal é glória que a alma recebe por misericórdia, porque dessa decisão nasce no coração mais vida para Deus. Ele fica mais presente na vida de quem busca essa senda de luz, passando a viver o amor. As portas da espiritualidade superior se abrem e o candidato começa a vencer a si mesmo, vencendo o mundo e ganhando a paz espiritual.


Ouvir a respeito de Jesus nos dá esperança e abre perspectivas novas para o nosso futuro, porque por intermédio dele as nossas doenças e todos os tipos de desequilíbrios cessam. Ele nunca deixa de nos acompanhar, nos ajudando a carregar a nossa cruz, de problemas inúmeros.


Vemos em Lucas no capítulo cinco, versículo quinze, nos dizendo:
Porém, o que se dizia a seu respeito cada vez mais se divulgava, e grandes     multidões afluíam para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades.

E o Mestre não só curava as chagas do corpo, como, igualmente, as do Espírito. A virtude mais elevada para quem a pratica, é aquela que se assenta na mais pura caridade, contudo, todas elas pendem para a benevolência. Porém, algumas pessoas se interessam mais por uma do que por outra. No final, na pureza de sentimentos, todas elas se transformaram em amor e o sol de Deus brilha em todas.

Compreende teu dever, em busca desses dons, que a vida em todos os seus aspectos tornar-se-á flores de claridades eternas em todas as tuas existências. Jesus passará a andar contigo visivelmente em todos os teus caminhos, ajudando-te a ser melhor e a descobrir Deus na consciência.
e
Bibliografia:

Extraído do livro: filosofia espírita XVIII, João Nunes Maia, Espírito Miramez.